
O sândalo velho e já gasto
Da viola que muito outrora
Brilhara, com mandolina ou flauta,
Está a Santa pálida, que mostra
O livro velho desfolhado
Do Magnificat, outrora
esparso, na prece vesperal:
A essa vidraça de custódia
Que rasa uma harpa formada
Pelo Anjo em seu nocturno voo
Para a falange delicada.
Do dedo que, sem o velho sândalo
Nem o velho livro, ela estende
Sobre a instrumental plumagem,
Na música só do silêncio.
Santa, Stéphane Mallarmé